Versejar é se afogar no Limbo
É abrir os olhos perante enigmas
É nadar no Tsunami espiritual
O Menestrel é em essência um solitário
Mesmo em grupo coletivo seu espírito é errante
O não pertencimento ao Infinito assombra sua alma
Sua mente é um furacão de emoções
O Vento que traria calmaria o esfacela
A Paz sempre é longínqua
Os Amores impossíveis
O Cosmos não o comporta
O Poeta se depara com o Universo celeste e o estranha
O Milagre da existência o angustia
O Mosaico infinitesimal é falho
Sua voz o enlouquece e o vitimiza
A Arte não mais o compete
A Catarse nunca é suficiente
O Oceano de lágrimas é sua ruína
Nuvens de pensamentos o torturam
Acontece a procura do preenchimento carnal material que não corresponde
Ele pergunta se há seu onde
O Fogo não soluciona nada
Amizades pincelam o vazio
A Esperança se restringe ao divino
Outra alma humana não satisfaz
Mundos, gestos e atitudes se tornam sem serventia
A Angústia aflora faminta e o devora
Ele espera reticente sem muita expectativa
Perde-se na maravilha da matéria
Mergulha em livros, música e arte
Contempla o Todo e fica perplexo e tonto
Sua vida cai em tentativa de mais
A Tecnologia não o seduz
Romance vira Utopia
Ideologias caem por terra
Sensações se desvirtuam
Pondera errâncias e se cala
Faz voto de silêncio verbal
Cessa sua escrita fazendo protesto
Caça na totalidade nexo
Sua vida vira um ímpar manifesto
Pouco a pouco desvenda algum reflexo
E Cara a cara com Deus Eterno
Diz e agradece tudo em que foi imerso.
setembro 6, 2013 at 8:41 am
Sozin c não aguenta!No meio de tanta Sabedoria e Amor no mundão do Espinho a carne sangrou!!!!