FERNANDA, A FÉ RI E ANDA
Índia da paz celestial
Luz que afasta o caos
Mulher de imenso astral
Encanto mais que sensacional
Negra como o Brasil
Miscelânia do belo com o viril
Retrato dócil do povo invencível
Que trava a batalha impossível
Energia incandescente que maravilha meu ser
Suavidade que ousa sempre vener
Esplêndida visão do querer
Sabedoria de todo dia nascer
Contínua menina infinda que desliza
Fascina, cativa, o bem ensina, mística
Engrandece qualquer simples dia
Com sua espiritual presença magnífica!
O CICLO
A poesia causa ardor aos meus olhos
Sai com torpor da minha mente
Esfacela minha alma insanamente
E enche meu ser com seus fogos
Vulcão que se mostra feito monstros
E massacra meu corpo inocente
Tento uma fuga que julgo excelente
Que é me mesclar como o Cosmos
E começo a moradia nos pólos
E o sangue volta a ser fervente
Então fujo para o sub-solo
E a existência se torna incandescente
Subitamente me entrego e choro
Como todo humano lactente!
LÚDICA VOLÚPIA
A suavidade está em seu semblante
É uma escultura suas nuances
A beleza alcança o ápice da natureza
O charme encanta e extravasa a imagem
O seu ser como um todo se revela uma miragem
A felicidade transborda e banha meu espírito
O brilho divino se mostra nítido
O destino é meu amigo
O crepitar do existir, meu elixir
A minha inércia é intrépida
Tempestade feminina em forma de sintonia e harmonia
Mulher fulminante e extremamente interessante!
CULMINANTE
Minha mente sangra a ausência
E pede clemência à inocência
A infante inocência causa a nostalgia
Que amarga profundamente meus dias
O fulgor que carrego é honesto
De súbito penso no puro
E toda vez eu juro
Que o amor não é lúdico
É sério e simplesmente tudo
Sem ele sou a sombra de um muro
E em sua presença faço parte da alegria do mundo!
PROCESSO DO MAQUINÁRIO
O poeta respira a palavra
Descreve o verso em uma saga
Uma batalha entre o tudo e o nada
E sua alma fértil
Transmuta o mundo e deixa que ele vaza
Desfere a fronte infinita
E o silêncio grita a vida
Sublimações e profaneidades em larga escala
E seu coração manifesta um protesto
E o vazio é que dá o acréscimo
E a existência aceita que a falha seja narrada.
VERDADE EM NEBLINA
A palavra turva a vida
Ela não é muda
Ela grita
E se revela uma realidade absoluta
E uma fração dessa labuta
Provoca a ferida
E ocorre a luta do ciclo matéria cinza!
VERDADE EM VOZ
Não creio na hierarquia de status da sociedade
A competição implica desigualdade
Incentiva o egocentrismo e o narcisismo
Todos têm a mesma importância
E os papéis diversos são necessários
Desde que se tenha a consciência de justiça
Somos reflexos das oportunidades e experiências
Que vivenciamos e não de nossa posses materiais
A ganância sucede que alguém vai ficar em segundo plano
A liberdade consiste em aproveitar a existência
Mas não pressupõe prejudicar o próximo
O sábio pensa em coletividade e não em individualismo.
O que falta em um sobra no outro, porém,
A situação se inverte em outro quesito
No final as virtudes se nivelam…
Os dons são diversos e dádivas
A dignidade é declarada por Deus…
A inteligência da humanidade é agir e pensar no todo!
ALINE, QUE VOCÊ SEMPRE ME FASCINE
O carisma me agracia com um sorriso um belo dia
A companhia da alegria é divina
A verdadeira amizade é maravilha
Juro que amo nossa terna harmonia
Flui bem nossos papos da vida
Sua lida com as rédeas do cotidiano é de grande maestria
Tenho orgulho de chamar-te de amiga
Você é símbolo da fraternidade magnífica!
GÊNESE
A poesia está em mim e no mundo
Traço o verso, trago o léxico
Do espírito ao fundo
E desfiro um ideário enérgico
Uma prática em um pulso
Que beira o abstrato, o acaso do cérebro.
Extraio de um todo algo inicialmente fosco
Vou lapidando aos poucos minha cria
Meu pensamento em corpo
Tudo o que escrevo sangra e deixa cicatrizes em minha alma
Vou criptografando com calma
Em uma catarse que pode ser falha
Decifro minha mente com símbolos aparentes
Me agracio com palavras presentes
E espero que eu sempre me lembre!