A Poesia me faz companhia
Me agracia dia a dia
Com uma calma melancolia
Uma benção divina
Uma dádiva em supremacia
Uma degustação celeste
O concretizar de minhas preces
Fulgor cósmico que abraça o lógico
Devaneios de ambrosias tórridas
Tentativas que trilham o díspare
Certezas vagas no limbo de existir
Magnificências tremendas
Longe de se tornar lendas
Efervercências imensas
Que me deixam propenso
As musas pincelam
Meu espírito tenso
Magma místico
Que beira o infinito
Pondero o impossível
Sei que vagar o pensamento
É caminhar os meandros
Incontáveis das probalidades
Surge o inesperado: o amor
Expressão ao máximo.
Me atrevo a destroçar
Minhas trevas interiores
E alcanço até os pormenores
Nada falta ao caber
E as pétalas de viver
Me ganham a cada amanhecer
Penso a postura permanente
E margeio uma epifania:
Fogo da completude humana
Nenhuma alma é insana
São todas mergulhadas
Em Mares de sabedoria tanta
Que oscila em gelo e chama
E a Verdade se traduz em arte:
Seja pintada a tela da eterna
Existência completa de toda
E qualquer divindade
Pois o mosaico do Universo
Nunca é tarde
Ou um simples alarde
E sim uma evolução
Da força de vontade!